CONCURSO MEMORIAL DE CAMPO GRANDE – MEMÓRIA

Queremos do clássico, o estável e sábio condutor de história, uma norma, um padrão de referência. Esperamos da arte contemporânea sua única condição: seu caráter experimental, a provocação provisória, a aposta no instante da percepção quando se realiza o insight…

Paulo S Duarte. W Caldas – Escultura Brasileira

A questão da memória viva extrapola a relação estática , pontual, do tempo colocando como questão principal o movimento: atitude de cultura que oscila, invoca o presente, comemora o passado e celebra o futuro.
Talvez seja pretensioso, e quem sabe arrojado neste final de milênio, marcar um diálogo da arquitetura que não se encerra em si mesma, mas se dilui , se complementa, se conclui na expressão do próprio entorno.
Não se trata portanto do objeto em si, único, escultural, mas criar uma relação de escalas e valores que na inter-relação do construído e do geográfico natural ganham a expressão do ilimitado no espaço e no tempo permitindo-nos, como ponto mais alto da proposta, honrar, contemplar a essência do próprio lugar, desta terra, do mais precioso deste chão.
Como resultado portanto, o memorial aqui proposto marca um ponto na paisagem urbana, ganha uma maior dimensão na sua continuidade com o lago e permite de forma contemporânea, sem ostentação, expressar com dignidade a memória cultural da cidade de Campo Grande