CATEDRAL DE PALMAS – MEMÓRIA

A permissão de se buscar uma arquitetura que se fundamente em conceitos mais amplos da sensação, da intuição, da emoção e da razão é o combustível necessário para o nosso fazer arquitetonico.
Não nos satisfaria falar somente das questoes programáticas que acompanham este trabalho mas o prazer de se buscar uma soluçao alternativa da expressão arquitetonica.
O altar sobre as águas, assim como o horizonte como ponto mais profundo de contemplação contrapondo a verticalidade sobre a própria nave são questões fundamentais, mas queríamos enfocar a volumetria do vazio da geometria que subverte a ordem, que permite nos encontrar resultados mais interessantes sem deixar de buscar de forma apropriada o jogo de esclas, cheios e vazios, a leveza, o gesto, a elegancia.. enfim, as questões inerentes à arquitetura. Casa e cidade, habitante e cidadão, mais do que isto, a vontade de náo fixar uma visao fragmentada da dinâmica percepção.
Como disse Carlos Borges:”Uma linha inclinada. Não. Apenas o necessário gesto que, singelo, desorganiza e torna o óbvio canto numa inusitado jogo de matérias”. Podemos dizer, portanto, que neste trabalho o forte nao é o ponto concreto que tangeciaos limites apresentados mas o resultado de um o momento que evoca a transicão de uma situação supostamente real ou imaginária; o mesmo que define o limiar entre luzes e sombras.
Evidentemente sutil e definitivamente potente na sua própria delicadeza. Um resultado claramente etéreo, privilégio da própria expressão do espaço, aquilo que paira no ar